DO OUTRO LADO DA PONTE... Museu do Cinema


A partir de duas estações do VLT - Carioca e São Bento - se tem acesso à maioria dos ônibus para Niterói, que para qualquer visitante o passeio não fica completo sem conhecê-la, já que apenas atravessar os quase 14 quilômetros da ponte que liga o Rio à antiga capital do estado já é um espetáculo visual maravilhoso da baía que banha as duas cidades. Niterói tem passeios fantásticos que vocês irão conhecer um a um, mas hoje ficamos com uma parte de suas maravilhas, o Museu do Cinema, que integra o deslumbrante Caminho Niemeyer. 

O Caminho Niemeyer está para Niterói assim como o Boulevard Olímpico está para o Rio. Ele é considerado o maior museu a céu aberto de Oscar Niemeyer, por ter escolhido Niterói para abrigar o maior número de suas monumentais obras arquitetônicas. Nenhuma outra cidade do mundo, nem mesmo o Rio, reuniu tantas obras do grande arquiteto brasileiro, e o Caminho Niemeyer representa, no conjunto, o seu maior feito. O complexo de suas maravilhosas construções se estende por 11 quilômetros ao longo da orla que vai do Aterro da Praia Grande, no Centro de Niterói, à Zona Sul.

São muitas e formidáveis as obras deixadas por Niemeyer em todo esse espaço niteroiense ao longo de seu litoral, e hoje vocês vão conhecer o esplendoroso Museu do Cinema e Reserva Cultural, localizado num dos bairros mais conservados e bucólicos da cidade, que é São Domingos. O lugar escolhido para abrigar este prédio de linhas arrojadas, e que se apresenta como um marco de modernidade, é um dos mais antigos e históricos da ex-capital fluminense, e até nisso o contraste provoca enorme impacto ao se comparar algo tão moderno encravado num local onde se respira história.


Já de longe a visão do prédio impressiona, com suas longas paredes brancas contrastando com a imensa construção de formato circular, toda em 
vidro negro. Ela abriga um museu dedicado à sétima arte (que em breve será inaugurado pela Prefeitura), e muitos espaços culturais, além 
de um centro gastronômico e amplo espaço de lazer.

O local conta com uma excelente estrutura para quem chega de carro ou até de bicicleta, mantendo amplo estacionamento para os veículos e bikes. O contraste de suas paredes brancas com os vidros negros promovem grande impacto de modernidade, completado pelas muitas curvas que parecem flutuar no espaço, marca registrada do maior arquiteto brasileiro de todos os tempos.


O piso inferior chama a atenção pelo número de bistrôs e restaurantes para todos os gostos e padrões de exigência. Seus gostosos espaços convidam a uma conversa  entre amigos, e o sossego do lugar, amplo e arejado por todos os lados, é convidativo e acolhedor.


Subindo-se ao mezanino, a visão é de um grande espaço ao ar livre, deixando ao visitante a escolha de instalar-se entre mesas 
e poltronas de vime sob guarda-sóis ou sob uma ampla e simpática cobertura no pátio que antecede as salas de espetáculos. 
Tudo, é claro, rodeado de paisagens da cidade, pois que os balcões baixos foram criados para não esconder suas belezas.

Ultrapassada a parede envidraçada, o que se tem lá dentro é um magnífico espaço junto à recepção que funciona como bilheteria para todos os espetáculos culturais disponíveis. O visual é moderno e "clean", e o visitante tem a opção de aproveitar as guloseimas servidas no Bistrô que ocupa o mesmo espaço.

Ingressos comprados, está dado o passo para acessar o imenso corredor envidraçado para as salas de exibição. É entrar na que se escolheu, sentar e curtir o espetáculo. O duro depois é encontrar coragem para buscar a saída e deixar para trás um local tão acolhedor.


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