Curtindo de boa a Linha 1
Curtindo de boa a Linha 1
Ouço o sino, vem o bonde seguindo
a linha viária,
Firmo o passo e vou entrando logo
na Rodoviária!
Equador, Pereira Reis... Mais um
pouco e vem Gamboa!
Vi passando a Providência... e eu
curtindo numa boa!
O cheiro de flor, de praça, vai
me enchendo de alegria!...
No’é então que olho pra fora, e me vejo na Harmonia?
Calor lá fora e, cá dentro, o
fresquinho dá arrepios!
Mas olha: tão rapidinho!... Já é
Parada dos Navios!
Nem demora ali mais tempo, vamos já
dizendo adeus,
Pois que a estrela dessa linha é
a Parada dos Museus!
É quando chega mais gente... Põe
cartão, procura assento...
E quando a gente dá conta já tá parando
em São Bento.
Na avenida o pára e anda, se
sabe, é luta diária.
Menos quem vai no bondinho, que
já chega à Candelária.
Já na Sete de Setembro vai passando
a Linha 2,
Vou, no entanto, prosseguindo,
que essa eu pego depois!
Lá vem metrô no caminho quando
chego à Carioca.
Mas não largo o meu bondinho,
feito tatú na sua toca!
Já a Cinelândia se mostra depois
do Municipal,
Mas não desço do bondinho! Nem à
pau, seu Juvenal!
Vejo o MAM, dobrando a esquina.
Como é bonito daqui!
Antonio Carlos chegando... (o
Maison de France está ali!)
À droite! (em francesinho!), vou
dizendo ali baixinho,
Enquanto o bonde me leva no que
resta do caminho.
Faz a última curvinha, desce ali,
tá pra chegar...
Já vejo o final da linha... Ai,
que pena de saltar!
Toca o sininho, encostando,
saudando o Santos Dumont...
Tudo bem, tô indo agora. Mas
valeu!... Tudo de bom!
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