Após ressurgir das cinzas, Galeão recupera sua magnitude
Galeão pode superar US$ 12 bilhões em cargas neste ano
Maior volume de cargas no Galeão é consequência do maior número de voos domésticos e internacionais. Aeroporto do Rio compete com paulistas
Com a transferência das linhas nacionais, o Galeão recebeu mais passageiros e pode atrair novas rotas internacionais, pelas quais são feitas as operações com cargas áreas no comércio exterior. Isso não acontecia no Santos Dumont, que não possui estrutura nem espaço para esses serviços.
Galeão já tem 70% dos voos nacionais
A falta de regulação no espaço aéreo do Rio foi uma política imposta pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) há mais de dez anos. Isso levou o Galeão quase à falência. Mas desde 2021, um movimento unindo vários setores do Rio se formou em defesa do Aeroporto Internacional, obtendo a vitória no Governo Lula, em 2023. Até o ano passado, 80% da malha doméstica estava concentrada no Santos Dumont. Este ano, com a vigência plena da nova regulação, 70% dos voos locais já estão no Galeão e 30%, no Santos Dumont.
Com isso ganha a economia do Rio, pois o aumento do volume de cargas no Galeão diminui o valor do frete e beneficia as empresas que precisam operar com o transporte aéreo de produtos. O frete para encomendas com origem nos Estados Unidos ficou 25% mais barato nos dois primeiros meses do ano, comparando com o mesmo período de 2023. A retomada de rotas pela Delta, que estabeleceu voos regulares para Atlanta e uma rota sazonal para NovaYork, no fim de 2023, contribuiu para a redução das tarifas.
Segundo a concessionária RioGaleão, o Galeão disputa mercado com os aeroportos de Viracopos, em Campinas, e de Cumbica, em Guarulhos, ambos em São Paulo. O terminal carioca recebe cerca de 30% das importações do Estado. As remessas atendem a diferentes setores da economia, como o de reparos de avião, o farmacêutico, o de máquinas e equipamentos e a indústria de óleo e gás. Mas até o ano passado o esvaziamento do Galeão transferiu a maior parte dos voos internacionais para São Paulo, e o governo paulista exerceu forte pressão para que a revitalização do Galeão não desse certo, o que, felizmente, não se concretizou.
Ponto para o Dudu, que caiu com unhas e dentes nessa briga, e agora colhemos os frutos do seu esforço, cobrando a atuação dos governos estadual e federal para salvar o Galeão. Ele precisou de pouquíssimo tempo para recuperar não apenas o antigo brilho, mas para bater novos recordes.
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