Next stop: Cinelândia


A Cinelândia - terceira estação do nosso roteiro por VLT - já bastaria, por si só, para contar uma parte enorme da história do Rio. Daí porque é visitação obrigatória para quem se propõe a conhecê-lo. Primeiro de tudo como representação histórica: aqui aconteceram e continuam acontecendo os grandes eventos políticos, sociais e culturais desde que o Rio ainda era a Capital Federal, o que cria uma associação direta desse charmoso logradouro com a própria história da cidade.

O fato de ter abrigado construções icônicas como o Palácio Monroe e o Palácio Pedro Ernesto (hoje Câmara Municipal), e ser cercada por prédios como o da Biblioteca Nacional, do antigo Supremo Tribunal Federal e do Theatro Municipal transformou a praça numa versão brasileira da novaiorquina Times Square, por forte influência do empresário Francisco Serrador (espanhol radicado no Brasil e proprietário na época dos mais conhecidos cassinos, cinemas, teatros e hotéis da cidade), que até hoje dá nome a um clássico arranha-céu em local de destaque na própria Cinelândia).

Por ter atravessado o século XX como a meca do cinema não só no Rio, mas de renome em todo o Brasil, a Cinelândia atraiu para si a fama e o "glamour" dos grandes estúdios de Hollywood, pela mística das grandes divas e celebridades da sétima arte, a ponto de emprestar seu nome a diversas revistas e publicações da época sobre o tema. Isso aconteceu até que os shopping centers da década de 1980 mudaram a configuração dos grandes anfiteatros destinados ao cinema, transformando-os em pequenas salas de exibição concentradas nos movimentados centros de compra e lazer, popularizados como "o comércio do futuro". A Cinelândia perdeu a maioria dos cinemas que abrigava, mas jamais abriu mão de seu charme nem de sua história. 




O logradouro passou por inúmeras transformações até tomar sua configuração atual, quando fechou definitivamente o acesso a veículos e foi integrada ao novo Passeio Público da Avenida Rio Branco, de acesso restrito a pedestres que agora podem chegar até ela a pé, por ciclovias ou pelo VLT, que tem uma de suas estações bem em frente e interligada à também estação Cinelândia do Metrô, assumindo sua posição de "Cinelândia Olímpica" inserida no cenário trazido pela Olimpíada de 2016.



Com isso a nova Cinelândia passou a abrigar uma profusão de atrações das mais variadas, e não somente as salas de exibição que ostentou na época de ouro do cinema:

Estação Cinelândia do VLT (ambas as direções)Acesso ao Metrô
  •  Centro Cultural de Cinema-Cine Odeon (festivais de cinema) – esquina com Rua do Passeio.
  •  Amarelinho (o mais tradicional restaurante e "point" boêmio da Cinelândia, fundado em 1921) – Praça Floriano, 55 
  •  Centro Cultural da Justiça Federal (cinema, teatro e exposição) Av. Rio Branco 241 — 3261-2550.
  •  Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Praça Floriano s/nº, Centro (2332-9191)
  •  Museu de Belas Artes – Av. Rio Branco, 199 (3209-0600)
  •  Biblioteca Nacional – Av. Rio Branco, 219 (3095-3879)
  •  Teatro Riachuelo (antigo Cine Palácio) – Rua do Passeio 38/40, Centro
  •  Teatro Rival (casa noturna) Rua Álvaro Alvim, 33
  •  Passeio Público (feiras, música e eventos)
  •  Centro Cultural Casa da FEB – Rua das Marrecas, 35 – 2262-3609
  •  Praça Mahatma Gandhi – Av. Rio Branco, ao lado da Praça Floriano (nome oficial da praça central do logradouro)
  •  Arcos da Lapa (Aqueduto da Carioca, sobre o qual passa o bondinho de Santa Tereza)
  • Largo da Lapa (point máximo da boemia carioca)
  • Escadaria Selarón (a partir do PasseioRua Teotônio RegadasEsq. Joaquim Silva)


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