A paixão que não se explica
Na vigência da Paixão ninguém precisa de cérebro, apenas de coração, e foi assim que me deixei ser levado em seu fluxo, assistindo a energia desta cidade me entrando pelas veias e ocupando cada célula do meu corpo. E ao constatar esse acolhimento no âmago do meu ser, sem qualquer resistência, a Paixão percebe que é hora de se converter em Amor, saindo da emoção ilusória para a concretude da lógica que me irá nutrir até o último de meus dias.
Conto isso na tentativa de emprestar algum sentido a essa história que começou lá na infância, aos 11 anos, ao ouvir falar numa cidade que eu nem sabia onde ficava, mas que me fazia o coração bater mais forte apenas por saber que ela estava lá em algum lugar, e logo querer não apenas vê-la em mim, mas ver-me nela em corpo, alma e sentimento.
Então o que vocês vão encontrar aqui é o relato desse caso de amor que nunca arrefece pela certeza de que minha energia morre comigo, mas a do Rio permanece, extrapola o rompimento meramente físico, e me alcança onde quer que eu me encontre.

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